Recentemente foi descoberto (não se
sabe por quem) que o sonho de subir na vida é efetivamente mais
fácil de ser concretizado do que imaginávamos.
As últimas pesquisas (que só foram
possíveis depois do assassinato de todas as ideologias pelo
anjo Haziel) mostraram, enfim, a verdadeira natureza do Segredo e da
Vida. A saber: “[...] nós não somos a espécie mais evoluída
deste mundo. Exite uma inteligência invisível e superior.” (Fonte: espírito que não precisa mais de nome, via médium anônimo)
Os cientistas da nova era (todos
ex-crianças-índigo-cristal) sabem, no entanto, que essa inteligência
superior não é Deus. O que se discute nos círculos
antroposóficos-blavatskynianos remanescentes é se essa inteligência
superior foi criada por Deus ou se é criação de uma outra divindade.
Sabe-se, contudo, que ela é manifesta e ultra-dimensional.
De qualquer forma, o que cabe a nós,
reles serviçais, é nos preocuparmos em como fazer para comprar um
carro novo. Dentro dessa nova visão do Projeto da Criação,
sabe-se, agora, que a meta do ser humano não é (e jamais foi) a
salvação. Existimos simplesmente para alimentar essa inteligência
superior, invisível, manifesta e ultra-dimensional descrita
anteriormente, e recebermos a paga por isso.
Pesquisadores com pós-doutorado em
Mediunidade e Ciências Ocultas & Macabras observaram que a
referida inteligência manifesta-se na forma de cidades e
conglomerados urbanos. Depois que o profeta Sergey Brin recebeu dos
céus os mega-pixels do Google Earth, ficou fácil observar com mais
clareza como a Inteligência se comporta sobre a terra: ela cresce
manifestadamente através da forma e dos elementos constituintes do
que chamamos de cidades, incluindo, aí, a superestimada presença
humana. Até então acreditávamos que éramos os únicos seres
responsáveis pelas mudanças e transformações por nós
empreendidas na superfície terrestre, mas estávamos enganados.
Dentro dos desígnios da Inteligência, nosso papel é bem mais
singelo. É semelhante ao dos porcos em relação à nossa espécie:
servir de alimento.
As cidades crescem como tumores (e
esta ideia não é nova) estendendo suas ramificações em busca de
mais espaço para o cultivo de seres humanos, que são a base da sua
existência. Elas, pasmem, alimentam-se de sangue e fezes humanas.
Agora
sabemos que não somos, de forma
alguma, o ápice da criação. Somos apenas uma granja, um cultivo
para alimentar a Inteligência. Desse modo, quanto maior for nossa
produtividade, maior será a recompensa que esse ser supremo nos
dará. Basta uma pequena mudança em nossos hábitos para obtermos o
prêmio. Coma mais e consuma mais. Coma, cague, pense e aja como
um porco, e a cidade o recompensará com as benesses de que tanto
precisa. Alcançarás o sucesso. Terás tudo o que necessitas, desde
que não se furte à sua função essencial: chafurdar na própria
merda, aceitar o chiqueiro como ele é e jamais questionar a
Inteligência. O sucesso só depende de nós.
Esse é o segredo: você é o que você
pensa, e você pensa o que deve pensar. Se furtar-se a essa missão
divina certamente irá se juntar à turba de descontentes, resmungões,
materialistas, não espiritualizados e vagabundos que, justamente por
não se submeterem ao seu papel perante o mundo, encontram-se
excluídos dessa sociedade maravilhosa que começamos a vislumbrar
neste início de século.
Esperamos que, depois deste singelo
manual, as pessoas consigam entender melhor as cidades onde vivem e
possam oferecer a elas o que elas precisam. E todo o mais vos será
acrescentado.
Ordem e Progresso!