quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sentidos

Acordei sentindo o cheiro
de tinta da casa ao lado.
Olhos abertos, semiacordado,
espumo o travesseiro
que me espanta com seus gritos
(aquele ganso morto masoquista)
enquanto o ovo do sol 
anuncia o novo dia:
um céu azul sem sonhos.

Do lado de lá das pálpebras
o mundo não é nada.

2 comentários:

  1. hm, mim gosta dessas aliterasssões de Esse no poema, seila, acho que é bem eufonico e gostoso de ler.

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  2. Saudações!

    Obrigado pela visita e pelo comentário.

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