Por meio deste, determino que:
pendurem-se as estrelas no céu
(e que sejam eternas, para o desepero do homem).
Armem-se de chuva as nuvens
e amarrem-se os frutos às árvores
(para o desepero dos que comem e bebem e nunca se saciam).
E que os macacos - ah, os macacos...
Que macaqueiem, macacos,
de mar em mar
(de bar em bar),
sempre rumo ao abismo
- à saída sem saída -
ao mérito pútrido dos nobéis
e das marés das descobertas salvadoras
(redentoras dos homens), das nações (e suas sanções).
Macaqueiem de norte a sul,
de leste a oeste cowboy bandeirante errante,
a passo largo e trôpego.
Macaco trapezista, equilibra-te.
Equilibra-te pois no mundo,
este lago insano-imundo.
Equilibra-te pois no muro
e mete no mastro tuas bandeiras
de cores mortas e estrelas rotas.
Equilibra-te pois no galho da tua própria loucura
(sem cura) e aguarda trêmulo, sim,
o instante fatídico da ruptura, quando, enfim,
tornarás à matéria pura.
Faça-se assim o mundo
(num instante), num segundo de olhar para o lado...
... e remeta-se cópia ao diabo.
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