terça-feira, 30 de junho de 2009

Viva Vítor e Léo (e que venham logo as borboletas)!



Beneméritos colegas alunos do Curso de Letras da UCS matam apresentação de seminário (marcada no início do semestre) para assistir show de Vitor e Léo em Bento Gonçalves.

Atenção Brasil, o futuro começa aqui. Nem sei que tipo de reação eu deveria ter ao olhar os rostos iluminados dessas futuras profes. Bom, pelo menos elas poderão dizer aos seus aluninhos que viram Vitor e Léo bem de pertinho. Se forem professoras do Ensino Médio, poderão relatar às mocinhas os diferentes tipos de tesão que sentiram ao ouvir Borboletas ao vivo. 

Me parece de ver: daqui uns anos, aquela velha lengalenga a respeito do salário do professor, das condições de trabalho, de não sei mais o que; e aquela meia dúzia “no meio do bolo” botando pilha e bancando as poderosas. Depois vem o discurso da importância do professor para a sociedade e etc. Que importância? Com essas amostras de professores estamos realmente mal representados. Não é por menos que o pessoal ri da categoria. Tem que rir mesmo.Tem um pessoal que consegue se formar na base de resumo de internet, que passa mais tempo em apresentações "artísticas" e no cabelereiro do que em sala de aula, mas que sabe reclamar quando a coisa vai mal.

Isso me troxe lembranças do meu ensino médio, de professores inescrupulosos que falavam verdadeiras abóboras. Tínhamos que engolir.

Ouvíamos por horas e horas um cara falando de um tal de Camões, embora (não sei como) tínhamos quase certeza de que ele nunca o havia lido. Para se ter uma ideia do estado das coisas, basta dizer que já ouvi professor de literatura dizendo que García Márquez é tão bom quanto Paulo Coelho (professor que provavelmente não deve ter ido além de Zíbia Gasparetto em suas leituras) , e coisas do gênero. Naquela época na existia Vítor & Léo, mas tínhamos Leandro & Leonardo...

Senhoras e senhores, peço desculpas, mas tinha que desabafar. Conheço muita gente que se empenha, que realmente quer produzir, quer conhecer e socializar ao máximo as experiências, para (como dizia P. Freire) tentar interferir na realidade, para ser sujeito da realidade, e não apenas objeto dela. Amo essas pessoas tanto quanto odeio outras, embora entenda a hipocrisia deste meu gesto e procure sorrir igual para todos. 
 
Obs.: Vitor e Léo, não é ruim; é só fugaz.

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