sexta-feira, 6 de julho de 2012

Parábola do guarda-chuva


Naquele tempo, houve um período de muita chuva. O Senhor torcia as nuvens como se fossem panos de prato encharcados. A água que caia formava corredeiras, que formou os rios, que, por sua vez, formaram as ruas desta cidade.

Se hoje tu caminhas sobre elas, é porque o Senhor quis assim. Hoje, as águas correm por outras vias.

Mas, importa saber que, naquele tempo, os profetas ainda condenavam os homens que molhavam suas barbas e que molhavam os seus cabelos quando saíam de suas casas para fazer o bem em dias de chuva.

Foi naquele tempo que Jerobobão intuiu que não era correto deixar de sair para praticar o bem só porque os profetas condenavam os homens que expunham suas barbas à chuva.

E Jerobobão inventou o guarda-chuva.

E Jerobobão, vendo que isso era bom, pensou:

- Vou andar pelos quatro cantos do mundo instruindo as pessoas na arte de fazer guarda-chuvas.

Mas Malafaialá, que era malvado, ao ver a boa obra de Jerobobão, correu até ele, roubou-lhe o guarda-chuva e registrou o invento em seu nome. Mas, ao invés de produzir e ficar rico vendendo guarda-chuvas, Malafaialá, por pura maldade, jogou o registro e o guarda-chuva em um canto, privando a humanidade da invenção de Jerobobão por toda a era do Carneiro, até a metade da era de Peixes quando, finalmente, a invensão caiu em domínio público.

Só então os ungidos por Deus puderam sair de casa para fazer o bem em dias de chuva sem molhar as barbas e os cabelos.

Mas Malafaialá saiu vitorioso porque, naquela ocasião, os profetas não mais condenavam os homens que expunham suas barbas e seus cabelos à chuva.

-><-

2 comentários:

Perturbe a ordem. Comente!