quarta-feira, 22 de junho de 2011

Bom feriado a todos!

Saudações, amigos leitores deste insano sítio, o famigerado Macaco Escrevedor.

Antes de mais nada, faz-se necessário esclarecer que o autor deste blog, quando sentou-se em frente ao computador, não fazia a menor ideia sobre o que escrever. Mas a proximidade do chamado “feriadão” fez com que surgisse a necessidade(?) de enfeitar a Internet e brindar os queridos leitores com algumas linhas, por banais que fossem. Afinal, há gosto para tudo.

Reparem, então, que acabei de escrever a palavra “banal”, e a primeira coisa que me veio à mente foi o motivo do feriado que se aproxima. Mas creio que já falei o bastante sobre feriados religiosos. Ou talvez não. Não sei.

Então vamos falar sobre coisas boas. Falaremos sobre a segunda-feira.

A segunda-feira, na minha humilde (e irrelevante) opinião é o dia mais feliz da semana. Ela marca o final de uma série de imbecilidades que somos mais ou menos obrigados a engolir durante o sábado e o domingo. A partir desse dia, podemos voltar a circular tranquilamente pelas ruas centrais da cidade sem o perigo de atropelar pessoas alcoolizadas. Também cessam os infernais tuncs-tuncs-tuncs que costumam sair dos porta-malas de alguns carros cujos proprietários talvez seja melhor não adjetivarmos aqui.

Na segunda-feira, a polícia não costuma passar a 100 km/h atrás sabe-se lá de quem. Também não costumamos ouvir fogos de artifício neste dia, tampouco pastores bradando nas igrejas (se bem que, por aqui, eles fazem seus tumultos nas terças). Reparem que as pessoas até diminuem o uso das buzinas dos automóveis, chegando quase a existir um princípio de gentileza no trânsito. Mas é só um princípio. Que ninguém pense que nós, motoristas barbosenses, somos mais ou menos gentis do que os outros só porque paramos nas faixas de segurança (na verdade, a maioria de nós só para o carro para que os pedestres possam vê-lo melhor).

Repare que, depois da segunda-feira, a medida em que a semana vai passando, o nível de bestialidade das pessoas (não de todas, é óbvio) vai aumentando, de forma que a sexta-feira chega a ser um dia perigoso. Tome cuidado com trânsito (até as bicicletas transformam-se em máquinas assassinas), e jamais entre em discussão com alguém numa sexta-feira!

Adentrando o sábado à noite começamos a verificar altos índices de animalidade nas pessoas. Durante a madrugada podemos observar os níveis mais bestiais do comportamento, que dificilmente são observados nas outras noites, e que só são chamados de bestiais pela falta de outro qualificativo, uma vez que as bestas da natureza sentem-se ofendidas com tal comparação.

Os que sobrevivem à bebedeira do sábado transformam-se em verdadeiros demônios depois de acordarem às três da tarde de domingo. Os que não beberam até cair no sábado, provavelmente o farão no dia seguinte. E nem vou falar dos acidentes de trânsito porque (agora estou preocupado) estarei na estrada também.

Essas reflexões espontâneas (e propositalmente exageradas) me levam a acreditar que, na verdade, o chamado fim de semana não é propriamente o fim da semana, mas o início dela, de modo que, no restante da semana, as pessoas estão descansando das atividades do sábado e domingo enquanto pensam que trabalham. Chego a cogitar a hipótese de que o verdadeiro trabalho atribuído às pessoas (embora não saibamos por quem) é exatamente aquele executado de sexta a domingo. O outro é só fachada. Coisa do diabo.
 
Então, podemos concluir que nesse "feriadão" o trabalho será dobrado. Teremos dois dias a mais de tarefas e loucuras programadas, compromissos sociais e religiosos, rituais acasalatórios (com ou sem álcool), compromissos matrimoniais a cumprir e, como não poderia deixar de ser, os sobreviventes deverão, ainda, apresentar estômago para o Fantástico.

Qualquer leitor perceberá que o outro período também pode ser descrito com as mesmas palavras que descreveram o sábado e o domingo no início do texto: uma sucessão de imbecilidades que somos mais ou menos obrigados a engolir. Entretanto, sinto-me mais seguro na imbecilidade de uma mina de carvão de segunda a sexta do que na imbecilidade da maioria das pretensiosas “diversões” de fim de semana praticadas por boa parte dos exemplares da minha espécie. Nada como fugir para as colinas ou abrigar-se no porão (que é o meu caso).

Que nesse feriado de Corpus Christi,  os deuses imortais mantenham nossos corpos íntegros!

2 comentários:

  1. Nota-se que o trânsito barbosense se assemelha com o caxiense. E vice-versa. Apesar que, somente em Caxias os motoristas aceleram no sinal vermelho e param no verde. Mas isso é só um detalhe nas regras do CTB...

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  2. Bem, a quarta que é bom, cuca ou bolo, opiniões e otras cositas más. Sobre o sábado, me leve num macumbeiro pra fechar meu corpo, plantão de comas alcoólicos, dessa vez, no flach. E viva a segunda-feira.

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